Todos os
anos as estações se revezam deslumbrantes, mas dentro de casa os meses passam e
os dias parecem todos iguais. Porém, quando você sai para pedalar abre-se um
panorama lindo. Ontem, 09/05/2015, saímos com o friozinho da manhã,
atravessamos as cidades e começamos a rolar na estrada para Bananal. O sol
desta época não tem a claridade de uma lâmpada de led branca, mas uma cor meio
dourada que torna as árvores mais bonitas.
O peito se
enche do ar frio que revigora e a força nos pedais se torna um prazer. Em
frente à fazenda Bocaina entramos na estrada de chão para Rialto.
Ciclistas
passavam por nós naquele caminho de roça. Cada vez tem mais aficionados por
este esporte-distração. No pedal a gente pode parar a cada coisa interessante que se vê, assim tiramos fotos na antiga igreja de Rialto, de 1850.
Na padaria
paramos para um lanche e encontramos outros ciclistas. Fizemos novos amigos e
reencontramos outros. É bom demais. Quando andar de bicicleta, levante a cabeça,
veja os outros, fale com todo mundo, conheça novas pessoas e encha sua vida de amizade.
Mas não dava
pra conversar muito, o plano era fazer um longo circuito. Por isto tocamos em direção à
Floriano. A natureza está uma festa, são flores enchendo tudo de cores,
pássaros cantando por toda volta, borboletas voando a lado da gente...
Então, num
entroncamento, entramos à esquerda no caminho para Arapeí. Logo à frente deparei com uma amigo na labuta do campo, tomando conta da plantação. Parei para falar com ele, é o que deve se fazer num pedal.
Aí, pegamos um
subidão de respeito. Porque o ciclismo é um prazer, mas também pode se tornar
uma academia, fortalecendo a musculatura das pernas, braços e costas. E
subimos.
Depois veio uma
boa descida até um curral... e aí errei o caminho. Passei ali várias vezes e
cheguei a ter de buscar ciclista que seguiu em frente. E cometi o mesmo engano.
Tinha de ter entrado à esquerda subindo. Na roça existe uma rede de caminhos e
de toda forma chegamos onde queríamos, mas andamos pacas. O céu estava lindo, de um azul que nos
deixava alegres demais.
Bateu a fome
quando chegamos em Barreirinha. Que vale que as tangerineiras estão
carregadinhas por lá. E aí esquecemos as bikes e foi só chupar fruta.
Então
tivemos de correr, pois ainda estávamos no meio da volta e já eram 13 horas. Logo
chegamos no asfalto e – como é bom pedalar na roça! – encontramos uma comitiva
levando uma boiada. É por isso que não me canso de dizer: levanta dessa
poltrona, mano!
Almoçamos
muuuiiito, conversamos e o dono do restaurante, “seu” Charminho, cavalheiro que
conhece muitos caminhos, deu-me uma dica para um pedal para o qual até já escolhi o nome
A Corrida dos Leopardos. Mas só pra feras.
Aí foi
voltar pelo asfalto, conversando, subindo e descendo morros, passando por
Bananal, encontrando mais ciclistas na pista, vendo a escuridão da noite descer
e chegar em casa, com o coração cheio de pedalar o dia todo.
- Ei Lili,
deixa eu entrar em casa!
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