Nunca diga: não volto mais lá.
(foto da serra de Itatiaia tirada da van quando subíamos depois de Engenheiro Passos)
Neste domingo, 07/06/2015, fiz um pedal que foi ao mesmo
tempo muito bonito e terrivelmente pesado. Passei por lá há alguns anos e tinha
prometido nunca mais voltar. E voltei.
Mas deixe-me explicar o que é a Travessia da Serra Negra. Por
trás das Agulhas Negras desdobram-se várias serras. A Serra Negra separa um
arraial onde produzem queijos, mel, farinha de mandioca e de milho e rapadura,
de Visconde de Mauá e outras cidadezinhas que vivem cheias de turistas que
compram esses artigos feitos artesanalmente. Então, os produtores formam tropa de burros e sobem e descem a serra. Pois foi esta Trilha dos Tropeiros
que fomos percorrer.
(à esquerda o vale da Serra Negra, bem à direita Maromba, no meio a montanha - uma linha de fotos marca o caminho que fizemos)
Esta serra tem seu arcabouço de granito coberto por uma grossa
camada de saibro. As pisadas dos animais soltam esse material e as chuvas
arrastam-no formando valas, voçorocas e pequenos cânions.
Não dá para pedalar naqueles altos,
empurramos as bicicletas levantadas rodando só com as rodas traseiras. Mas a
natureza enche os olhos e os corações.
Mas um pedal cria maravilhosas situações. Passamos por um
restaurante onde faríamos a refeição.
- Disseste bem, Zé. Faríamos, mas ele estava fechado.
Dai começamos a subida de uma serra que de maneira alguma poderia
ser feita de estômago vazio. Deixei a rapaziada consertando um pneu e subi
procurando quem nos desse um almoço. Logo acima encontrei a casa de ‘seu’ João
e ‘dona’ Maria. Ela fez uma comida bem simples: arroz, feijão, macarrão,
torresmo e farinha de milho. Mas tudo refogado com gordura de porco. Estava
muito gostosa.
Meu Deus, e essa gente hospitaleira mora numa casa de dois
cômodos e feita de madeira.
Estávamos num vale e tocamos a subir até 2.000 m. O alto das
serras ali são campos de altiplano, com vegetação rasteira.
O ar frio e limpo fazia um enorme bem. Cheguei a tirar uma soneca esperando os jovens que vinham retardatários. Aqueles altos quase intocados pelo ser humano mistura: matas não tropicais – sem cipós, espinheiros e arbustos – com campos gramados. Enquanto subíamos estávamos defronte da serra de Itatiaia,
mas quando dobramos a cumeeira apareceu a Pedra Selada.
O ar frio e limpo fazia um enorme bem. Cheguei a tirar uma soneca esperando os jovens que vinham retardatários. Aqueles altos quase intocados pelo ser humano mistura: matas não tropicais – sem cipós, espinheiros e arbustos – com campos gramados. Enquanto subíamos estávamos defronte da serra de Itatiaia,
mas quando dobramos a cumeeira apareceu a Pedra Selada.
Um comentário:
Muito bacana Sr. José Adal, um verdadeiro guerreiro
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