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segunda-feira, janeiro 19, 2009

Novidade no Passeio
Jesus ensinou uma vez: “Lembrem-se disto: se vocês não mudarem de vida e não se tornarem como crianças, nunca entrarão no Reino do Céu”. Uma das coisas que ele quis dizer é que para uma criança tudo é novo, e ela fica curiosa em aprender e está sempre atenta. Se nos acostumamos com o que fazemos, as ações se tornam repetitivas e sem graça, mesmo uma pedalada perde o atrativo e acabamos deixando o pedal. Temos de nos manter como crianças. Foi exatamente isto que aconteceu na pedalada de domingo, 18/01/2009.

Ainda era cedo e o céu nublado ameaçava desabar em chuva, mas surgiu no céu um sinal, uma garantia de que podíamos pedalar tranqüilos. E seguimos pelo caminho tantas vezes batido para Amparo. Mas desta vez nosso pequeno grupo tinha um novato no pedal, Fabiano. Para ele tudo era novidade e isto fazia que nós, velhos ciclistas, também olhássemos as coisas como novas. Assim tiramos esta foto tão igual a muitas outras, mas com um sabor especial.

Até a velha fonte de água desta vez nos pareceu novidade. Matamos a sede e enchemos os cantis. O papo rolava cheio de familiaridade e voltamos a subir nas bikes e pedalar sem pressa.

O circuito Amparo-Dorândia-Vargem Alegre-Pinheiral, feito nesta direção é suave com poucas subidas e muitas descidas. O novo colega quando consultado dizia que tudo ia bem. Depois de um café em S. José do Turvo tiramos esta foto no cruzamento com a trilha da Jaqueira. Seguindo em um ritmo vigoroso mas sem correria conversávamos uns com os outros trocando de interlocutor a todo momento.

Passamos rápido por Dorândia e ainda não era meio-dia quando entramos na Associação dos Aposentados. Ali, descalços, mandamos descer algumas cervejas geladas e nos deliciamos com um ótimo almoço com peixe frito. Voltamos passando por Três Poços com um sol suave facilitando o exercício e tudo parecendo bonito e novo.

terça-feira, janeiro 13, 2009


A serra do Mar quando passa pela região sul-fluminense recebe o nome de serra da Carioca. Quando passa para o lado de São Paulo recebe o nome de serra da Bocaina. Parece uma coroa com muitas pontas que chegam até as nuvens. Muitos caminhos levam ao planalto lá em cima. Neste domingo, 11/01/2009, convidei alguns ciclistas para ir lá em cima por uma estrada que começa perto de Lídice. O grupo começou maior mais alguns seguiram por outra trilha e nossa pedala tinha só três pessoas. Decidimos tentar um atalho que evitaria pedalarmos no asfalto muito movimentado durante as férias, muita gente em muitos carros querendo ir paras as praias. Assim, entramos numa estrada de chão logo depois de Rio Claro.

Como era um caminho novo para nós erramos algumas vezes, mas logo nos refrescamos nas águas gelaaadas e limpas do rio Claro. Essas serras guardam muitas riquezas de fauna e flora, talvez de minerais, mas certamente a maior delas são as incontáveis fontes de água que descem por muitos ribeirões e vão formar uma formidável bacia hidrográfica que engrossa o médio Paraíba do Sul.

Revitalizados começamos a subida. Atrasamos muito e só fomos chegar ao restaurante de “dona” Luiza às 15:30. Uma comida caseira do jeito que ciclista esfomeado aprecia: arroz, feijão (vermelhinho), carne de porco bem frita e um macarrão com carne moída. O gosto estava delicioso.

Revigorados pelo alimento e pelo descanso continuamos nosso objetivo, descer a serra pelo caminho de Pouso Seco. Bem que uns motociclistas nos avisaram que no caminho tínhamos de passar pelo morrão do Pedro. Ora, morro é com a gente mesmo. Não sabíamos de nada. O tal morrão é um dos picos que formam a coroa da serra do Mar. Foi como se a gente estivesse subindo a serra novamente. Não era uma estrada, nem um caminho, nem um trilho de animal, era um canal por onde escorre as águas da enxurrada, uma escada sem degraus com muita lama, pedras e sem apoio. Nesta foto estávamos no início da subida.

Subimos empurrando e puxando as bikes por uma hora. Mas a subida não acabou. Cansados tivemos de continuar escalando e arrastando as bikes por mais uma hora. Comecei a cantar para distrair e a rezar pedindo forças. Porém duas horas não foram o bastante. O esforço durou mais uma hora. Foram três horas sem pausa ou descanso. Também, lá do alto vimos de cima os picos da serra. Ficamos olhando a coroa da serra do Mar lá em baixo. Pelo que sei os colegas já fizeram este percurso ao contrário, descendo o morrão e a serra da Carioca até Lídice.

As sombras da noite nos perseguiram na descida até chegarmos à pousada Guaraná Quente. Mal tomamos um refrigerante gelado e corremos pelo sertão do Hortelã. Queríamos fazer a descida com alguma luz do dia, mas só conseguimos ver as pedras da estrada com nossos faróis e a luz amarela da lua. Deste jeito até trocamos câmara de ar furada. No asfalto demos o resto de nossas forças. Deixamos Pedro Eduardo em casa a meia-noite. Levei Sidney de carro até sua casa quando o relógio batia uma da matina. A bike dele ainda está aqui na garagem. Deu o que tinha de dar, a coitada. Agora é deixá-la nas mãos de Val. Foram 16 horas de pedal.

domingo, janeiro 04, 2009


Pedal com Chuuuvaa

Nosso primeiro pedal de 2009 começou com um tempo muito nublado, mas sem chuva.
O destino era Quatis e planejei levá-los a um pesque-pague muito legal. Faltaram alguns colegas que não gostam de pedalar molhados. No ponto de encontro estavam: Josué, grande saxofonista; Fabiano, que fez seu primeiro pedal para testar três stentes no coração; Marquinho, que nos revelou seu gosto pelo estudo de assuntos esotéricos e do saxofone; Michel da Petrobrás; e Zoreia com seu vozeirão. No meio do caminho para Amparo surgiram João Inácio e o filho Wesley que há muito tempo não pedalavam com a gente. Todos voltaram de Amparo, a chuva que começou a cair já em Santa Cruz lhes esfriou a vontade de pedalar.

Os quatro que restaram resolveram mudar o destino e tocamos para São Bento para tomar vinho e comer pastel. Edson que organizou o passeio; o jovem Pedro Eduardo que escutava as conversas dos mais velhos; Marcinho que contou a história de como fugiu para Salvador por causa de uma mulher e de como teve de sair correndo de Manaus para Rio Branco por causa da mulher do comandante; e eu.

Pedalar com chuva não é tão ruim. As chuvas de verão em tardes quentes são ótimas, para aliviar o corpo cansado. Mas neste janeiro a chuva acompanhada de vento frio, parecia inverno. A chuva hoje variou de uma garoa suave, a gente saindo de São Bento; muita água que lavou até a alma; e parecendo agulhas geladas quando descemos a Mutuca a uns 50 km. Foi só um aperitivo. Pedaladas melhores virão.