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domingo, outubro 25, 2009


IMPROVISO

Quando um artista se programa para executar uma peça ele passa dias estudando e treinando para fazê-lo bem. Assim foi como quando decidimos visitar a ponte Bela, Rio Claro, RJ.

Mas nesta segunda feira, 12/10, João Bosco e eu, não apareceu mais ninguém, decidimos improvisar e ao invés do passeio pretendido fomos para Pirai passando por Pinheiral. Aproveitamos para saber mais sobre a fazenda Confiança que por estar em litígio judicial só nos foi permitido fotografar por fora. (foto de J.Bosco)

Foi quando passaram seis ciclistas indo para Santanésia e resolvemos nos juntar ao grupo improvisando outro passeio.

Depois de forrarmos o estômago com sanduiche de mortandela e refrigerante empreendemos a volta subindo pelo Areal e desviando da cratera aberta pelas chuvas de janeiro por um trilho à direita.

Depois foi descer até Barra do Pirai e tomar o caminho bem conhecido de Vargem Alegre.
Já que era um dia de improvisação decide procurar um atalho entre o alto do Areal e o fim da subida da Tissen, mas fora uma pizza que me surgiu de improviso, o atalho não diminuiu nada e andei atrás dos colegas até chegar em casa. É o que dá improvisar.

terça-feira, outubro 06, 2009


VOLTA DOS 80

A verdadeira história.

Como é que 6 experientes ciclistas levaram 5 horas para percorrer pouco mais de 25 quilômetros?

Saimos do Registro às 10 horas desse domingo, 04/10/2009, com um pouco de sol disputando com as nuvens. O colega Fernando fez para cada um de nós uma tabela com as instruções do percurso para se prender na mesa do guidon da bike. Tocamos a subir por uma inclinação suave até o platô da serra de Itatiaia. No quilômetro 6, na ponte paramos para desfrutar o lindo visual. Tiramos muitas fotos e estes dois fatores também contribuiram para tornar o avanço mais demorado.

No km 9 encontramos a forte descida até a pousada dos Lobos. Não era uma descida para correr livre. Quase todas que encontramos pelo caminho exigiam muita atenção e constante controle nos freios. No km 11 paramos no lindo lugarejo de Vargem Grande.
Depois, descida forte e subida igual ao do Guaraná Quente nos levaram pelas franjas da serra até outra pequena localidade, Serra Negra.

Mais subidonas e outra forte descida e chegamos ao arraial de Fragária com sua igrejinha. Ali o caminho se bifurca, à direita segue para Visconde de Mauá. Então, depois de molhar braços e cabeça e lavar o rosto com água gelada tomamos o caminho da esquerda numa subida longa em que todo mundo empurrou a bike. Por todo trajeto a estradinha estava bem cuidada e com muita pedra e escória para ajudar na subida dos carros e motas quando o terreno está molhado e derrapando. Uma cachoeira estreita e de longa queda dava ainda mais encanto ao largo vale verdejante guardado pelos altos picos e salpicado de casinhas lindas.

Depois de vencida uma serra saímos em outro vale abrigando um arraial maior e com muitas casas espalhadas, Campo Redondo. Tínhamos pedalado e empurrado a bicicleta por declives fortes e subidas para vencer serras por pouco mais de 25 km e já eram 14 horas, já passava muito da hora de almoçar.

Descemos a encosta e saimos bem defronte do bar do Barbosa onde "dona" Neiva se apressou em fazer uma excelente batata frita com linguiça acebolada enquanto conversávamos e tomávamos muito líquido gelado. Belas meninas de pele muito branca e olhos azuis jogavam volei na frente da igrejinha. Ficamos sabendo que 3 portugueses se estabeleceram ali no vale, casaram com moças de lugarejos próximos e as gerações foram se misturando, são todos aparentados. Então chegou a macarronada com manjericão feita com arte. Deliciosa!

Comemos muito, descansamos - deu até para eu andar a cavalo - e com pesar, às 16 horas, montamos nas bikes e deixamos Campo Redondo para trás. Para trás e muito lá embaixo porque para sair do bairro tivemos de vencer outra serra. Um visual muito lindo. Dava para ver outros lugarejos com suas igrejas encravados nas dobras da serrania.

Outra descida violenta e saímos na estrada Itamonte-Aiuiroca (a 10 km de Alagoa) que está em pavimentação. Também, com um palacete de Aécio Neves no alto de uma colina quem ia querer que o governador pegasse poeira nas raras vezes que for a fazenda!
Mas deixando os políticos de lado, estava terminando a tarde e ainda tínhamos de percorrer 22 km. Mas era só descida asfaltada e chegamos a velocidade de 67 km/h. O céu se tingia de vermelho e a noite caiu. Chegamos em Itamonte, km 58.

“Mas e os outros 22 km até Registro para terminar a Volta dos 80?”. Peraí, meu irmão, ninguém tinha mais vontade subir nada. O que a gente andou foi o equivalente a duas subidas ao Guaraná Quente. Estava de bom tamanho. Entramos na van e voltamos.