quarta-feira, março 31, 2010
Em dado momento Bruno disse: Minha mulher vê as fotos das minhas pedadas e diz que não entende por que vou tão longe. Então lhe disse que quando comecei a pedalar minha Lili dizia a mesma coisa, mas agora apoia meus "pedais". Foi quando me lembrei da música Boemia.
Esta foto é uma das coisas inesperadas que vemos nas pedaladas: um tatu cavando sua toca.
terça-feira, março 30, 2010
O que percebi então, já cantando baixinho pra mim mesmo enquanto subia a serra resfolegando, é que enquanto a primeira parte fala do boêmio: "Boemia, aqui me tens de regresso e suplicante lhe peço a minha nova inscrição. Voltei pra rever os amigos que um dia, eu deixei a chorar de alegria, me acompanha o meu violão..."; a segunda parte fala da mulher dele.
E esta música é um grande elogiu a mulher companheira, aquela que é completa em si mesma e dá espaço para seu amigo, seu homem, procurar seu caminho. Ela diz assim: "Vá rever os seus rios, montes e cascatas [como a gente faz indo a 1300 metros de altitude, no alto da serrania], vá sonhar em novas pedaladas, e abraçar teus amigos leais..."
Esta mulher decantada em Boemia não é a mesma de Amélia, a mulher que se sacrifica por seu companheiro. Não, o sonho de todo homem que precisa sair de casa e ver os amigos e praticar um esporte em que sonda seus limites físicos e psicológicos, é a que dá incentivo para ele crescer espiritualmente e cumprir o seu destino.
domingo, março 07, 2010
DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS E DOIS AMIGOS
Só na matemática A = B,
e a momentos em que nós mesmos A1 < A.
Então, neste sábado, 06/03/2010, depois de amanhecer chovendo o amigo Jorge me chamou para a pedalada planejada, ir ao Clube Náutico de Pirai. Eram dois amigos, mas os pesos eram diferentes. No caso com pesos quero dizer capacidades.
Jorge anda num ritmo diferente do meu, muito mais forte. Acostumou-se a pedalar de pé e as subidas para ele parecem descidas. Como podem dois ciclistas com condições físicas tão diferentes fazer o mesmo percurso. Um jeito é chegar lá no alto e ficar na sombra esperando pacientemente o retardatário. Mas impaciente amigo preferiu outra solução. Chegava lá em cima e voltava ao meu encontro. Subia voando novamente e logo estava de volta. Assim conseguimos chegar ao Clube Náutico de Pirai. Duas medidas chegando juntos.
Como as estradas de chão estão muito molhadas com chuvas quase diárias optamos por disputar a Dutra com o tráfego pesado de caminhões. Fizemos perto de 100 km em seis horas de pedalada. Aí está, dois amigos, com preparo físico e idades bem diferentes pedalaram juntos, ou quase, por belas trilhas. Foi só pararmos para um sorvete que os senhores da natureza soltaram a chuva que caiu aos borbotões.
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