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domingo, maio 31, 2009


São muitas as razões para alguém pedalar 100 km ou mais. Entre elas, os objetivos são muito importantes. Vou exemplificar. Domingo 24/05/2009 fizemos um pedal até a cachoeira Ronco D’água, em Valença; hoje, 31/05/2009, fizemos a volta Passa Três – Pirai – Pinheiral. A intenção do primeiro foi ir até um lugar, neste foi passear por lugares. Mas o resultado da pedalada não se vê antes, mas sim no final. Às vezes se ganha exatamente o contrário do que se pretendia. Vou contar.

A cachoeira Ronco D’água fica depois de Conservatória, assim fizemos a trilha tão bem conhecida passando por São José do Turvo. Nenhuma novidade nesta parte do percurso, sem contar o companheirismo e o exercício físico. O caminho que ainda não percorrêramos era um asfalto cheio de subidas.

A cachoeira em si não tinha nenhum atrativo especial. Mas a trilha que pegamos para sair em Ipiabas foi show. Na mata, bem conservada, não tinha mais que 2 m de largura.



A volta pra casa passando pela fazenda da Juréia foi muito jóia. Houve até casos de halterofilismo virtual. A descida pela trilha da Jaqueira foi tensa, com muitas crateras. De onde deduzimos que se o local procurado como objetico ficou aquém de nossas expectativas, os lugares que passamos foram uma delícia.

Hoje, percorremos outro caminho tantas vezes pedalado: Roma (com suas subidas), Getulândia, Passa Três, mas antes de chegar a Pirai visitamos o Clube de Pesca de Pirai. Aí foi sopa no mel. Lindo!

Seguimos, almoçamos e pegamos uma estrada de chão algumas vezes percorrida, mas sempre no sentido inverso. Por isso ela nos pareceu nova e com várias subidas estimulantes. Resultado do passeio: a volta em si foi legal, mas o local que era para ser só uma passagem, valeu o dia.

domingo, maio 10, 2009


Um outro prazer que se sente ao pedalar é o de levar um novo ciclista a conhecer novas trilhas. Assim é, que ontem, sábado, 09/05/2009, voltei a encarar a subida do Guaraná Quente levando dois colegas que ainda não tinham enfrentado aqueles 7 km de subida. Lá em cima o tucano fazia arte e esperava a gente.

Saímos cedo, mas o dia lindo tinha posto todo mundo na rua e enquanto pedalávamos pela beira rio toda urbanizada passamos por dezenas de ciclistas e caminhantes indo ou vindo do trabalho ou simplesmente praticando algum esporte.

Passamos por bairros de Barra Mansa e logo saímos da urbe em campo aberto. A neblina cobria os morros de um véu prateado enquanto o Sol dava toques de dourado, tornando as colinas verdadeiras indianas vestidas de sari. Já me entreguei. É isso aí, também estou vendo a novela.



Chega de asfalto. Tomamos um caminho de chão para sair em Pouso Seco e nos defrontamos com este bando de galinhas d’Angola. Éramos três: Edinho, Pedrinho e euzinho. outros bons companheiros ficaram em casa em outros afazeres.

Os dois colegas devem ter ficado deslumbrados com a serra imponente esperando a gente. Mostrei a eles o caminho feito pela natureza para tornar subível até as costas da serra.

Aproveitei que eles pediram água em uma casa para dar uma volta no burro Piano, dócil e disposto a me levar no lombo. Então, reduzimos as marchas e tocamos a subir.

Fui logo avisando que teríamos cinco níveis de subida. O primeiro foi fácil. No segundo as pedras soltas jogaram Edinho no chão. Mas no todo, a prefeitura de Rio Claro tem cuidado da estrada e subimos, mais empurrando que pedalando.

Andamos num ritmo forte, sem ser de sacrifício, e chegamos ao alto da serra em uma hora e quarenta minutos. Foi meu melhor tempo em 4 vezes que passei por ali. Pedrinho disse que estava fazendo o V da chegada. Os estudantes de hoje sabem tudo de gramática!

Lá no alto foi correr para a pousada sendo ultrapassados a todo instante por motociclistas violentos e maleducados. Admirávamos cada córrego com suas águas límpidas refletindo ao sol fraco. Um vento gelado tornava o esforço mais fácil.

Lá no Guaraná Quente o de sempre: o tucano brincalhão, o velho cachorrão tomando sol, a conversa dos cavaleiros, jipeiros e motociclistas misturados ao sossego que nós ciclistas sentíamos naqueles altos e a comida muito gostosa.

Depois, muito a contra gosto, voltamos. Descemos montados apesar da pista ainda ter muita pedra solta. Mas Pedrinho não teve sorte, quebrou o quadro, teve de empurrar a bike até que um ciclista em seu carro o levou para casa. A tarde caia cheia de luz. Foi um belo dia.