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quarta-feira, agosto 20, 2008

Voltando à Arapeí

“Não é do homem dirigir os seus passos”. Passei toda semana planejando subir a serra da Bocaina até o Mirante pra ver o mar de Angra. Pouco antes de 6:30 estava no posto pra encontrar os colegas. Aproveitei para calibrar o pneu. Não verifiquei a válvula, ela ficou vazando. Chegou só um colega e saímos. Duzentos metros à frente tive de parar pra consertar o pneu. Era só a válvula, mas pensei logo em pneu furado e demoramos a trocar a câmara. Quando chegamos na matriz de Barra Mansa um companheiro havia cansado de esperar e foi embora. Mudança


Mudança de planos, afinal queríamos pedalar. Liguei para João Bosco que ia com um bom grupo para Arapeí. Nos juntamos a eles. O ritmo estava forte e cheguei a Rialto no último pelotão. Depois de um lanche tomamos a direita em direção ao nosso destino. Esta estrada tem três saídas à direita, mas a gente mantem sempre a esquerda. A primeira saída à direita vai para Floriano e Quatis. É uma bela estrada em que vamos nos aproximando da serra da Bocaina que está lá longe.


Neste trecho tem uma subida em em pé que é um ótimo teste de esforço. Aliás falamos de uma matéria no site do Clube Bike Adenture que ensina a fazer uma pedalada com bom resultado na formação de músculos e na queima de gorduras. Tomando como parâmetro 220 batimentos cardíacos (bc) diminui-se a idade (no meu caso 64 anos) e o máximo pra mim é 170bc. Para que meu exercício tenha resultado efetivo tenho que me manter em pelo menos 70% ou 120bc. Em algum momento vou comprar meu relógio para marcar os bcs, mas o professor dá uma dica: se você consegue conversar com os colegas enquanto pedala então não está se exercitando pra valer. (foto do colega Marcinho)


Segunda saída à direita vai para Bulhões. Demos uma breve parada e continuamos à esquerda. Já corríamos por terreno do estado de São Paulo. A terceira saída à direita vai pra Resende, ficamos meio em dúvida, mas tomamos o caminho certo. Passando por esta bela igreja da roça com as montanhas da Bocaina lá ao fundo.


Atenção, na próxima bifurcação deixe a estrada da esquerda que vai para Bananal e siga à direita para Arapai. Cansados nos estendemos a sombra de uma parada de ônibus. Depois entramos na cidadezinha e fomos logo tratar do almoço que foi farto e delicioso. Descansamos do almoço à sombra da igreja.


Qual não foi nossa surpresa quando vimos do outro lado da rua o colega Val, exímio mecânico de bikes com seu boné, que tomava um cerveja gelada. Mas foi só uma miragem. Val não apareceu mesmo. E tocamos pelo asfalto que nossa casa estava longe.

segunda-feira, agosto 04, 2008


Neste domingo, 03/08/2008, enquanto 37 colegas saiam de Bom Jardim de Minas, passavam por Liberdade e faziam a descida cascuda para Quatis, encontrei com Pedroso que ia me levar para conhecer o lugar em que nasceu. Um sítio encravado entre as serras de Santa Izabel do Rio Preto e que ele apelidou de Trilha do Chifre, por causa desta caveira de boi. Observe que eles ficaram meio de lado, nenhum dos dois querendo ficar com a galhadaem cima da cabeça.

Ainda cedo paramos num sítio e vimos os empregados engarrafando o leite recém tirado que é vendido em Santo Agostinho. Logo na frente passamos pelo conhecido Prata que continua fazendo sua caminhada diária até Amparo. Está ficando gordo e com problemas no joelho. Logo na frente o apressado Márcio se juntou agente e mantivemos um ritmo forte na pedalada.

Na subida da Mutuca 4 jovens vindos de Porto Real e que iam fazer downhill em um sítio em São Bento se juntaram ao nosso pequeno grupo. É impressionante ver como esta geração sem muito respeito pelos mais velhos nos trata bem e com deferência quando nos ombreamos com eles em alguma atividade. Depois de uma parada para comermos pastéis nos despedimos da garotada e saímos para procurar nosso destino.

Na penúltima entrada à direita antes do trevo de Sta. Izabel saímos do asfalto e começamos as subidas. O chão de barro seco formava uma camada funda de pó que levantava poeira a nossa passagem. O tempo de inverno tem a vantagem da gente não enfrentar lamaçal. No caminho caiu uma chuva fina que já deu para sujar bem as bikes.

São uns 25 km de uma boa estrada cheia de muitas subidas e descidas e, mais ou menos no meio, chegamos ao sítio da Rocha Negra, chão natal de Val e Pedroso. Depois de atravessarmos um riacho chegamos numa fazenda onde uma estrada leva para Amparo, mas nosso destino era outro e deixamos para passar por ali de outra vez.

O caseiro Sérgio nos recebeu muito bem e nos deu leite tirado na hora e ainda quente para beber. Também ofereceu a humilde casa e seu fogão para fazermos uma macarronada de outra vez que passarmos ali. Montamos no cavalo Bragantino e tiramos uma fotos. Nos despedimos e depois de passarmos por uma bela cachoeira que no verão vai nos convidar a um bom banho seguimos subindo e descendo morro até Sta. Izabel. Pedroso teve problemas com o câmbio e eu com um pneu furado que só teve jeito de encher com um providencial arame, idéia de Márcio e que felizmente Pedroso carrega com ele. A volta num ritmo forte nos deixou bem cansados, mas foi um passeio muito bom.