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segunda-feira, dezembro 11, 2006

1º CIRCUITO MTB AÇUDE SOLIDÁRIO




Passei a semana pensando se devia ir à competição do Açude. Era cross, gente! Não se anda por estradas da roça, a gente pedala no meio do mato, sobe por caminhos de lá vai um e desce por trilhos de boi fundos na terra que são danados para derrubar a gente e quebrar a bike. Mas fui. Cada doido com sua mania.

Logo que sai de casa tive a companhia de Iberaldo. Fomos conversando e ele me chamou a atenção para o modo que monto na bike, pela direita, parece coisa de canhoto. Lembrei que quando montei a cavalo a primeira vez tive dificuldade porque tentei montar o bruto pela direita, do mesmo modo que montava na bicicleta desde garoto.


Chegamos ao Açude e encontramos a galera agitada, trocando idéias e informações, se inscrevendo e colocando os recibos para os sorteios das 5 bikes.

Um grupo de enfermeiras estava a posto para nos ajudar. Depois elas sairam e se colocaram em lugares estratégicos da trilha, quero dizer, no fim de descidas radicais, esperando para cuidar dos acidentados, mas parece que ninguém se feriu seriamente.

Os debochados diziam que tinha uma enfermeira para cada um de nós, mas acho que aquele "negão" de óculos escuro era o que ia cuidar de Manoel.


Zoreia recebia a todos com a euforia de sempre e depois soltou fogos para dar a saída.
Ele tinha me dito que fazendo uma checagem na trilha antes da largada encontrou um lobo guará morto na beira da pista e que ia me mostrar para fotografar, mas a oportunidade não aconteceu e não vi o animal selvagem que a gente está impedindo de sobreviver.

Juntamos na faixa de largada e saímos para o que desse e viesse.

Logo no início tinha a subida bem inclinada. Uma servidão calçada. De lá de cima se avistava o Açude se espraiando entre os morros.
Quando a gente enfrenta um subida forte logo no início da corrida é terrível. O corpo ainda não está bem aquecido e o coração fica a mil. E nesta, de poucos quilômetros, tudo era radical, tanto as subidas quanto as descidas.

Logo depois vinha uma descida de cross, derrapante, de trilho fundo que me fez passar por cima do guidão e me estatelar no chão. Foi o primeiro de vários tombos.
Se você olhar bem vai ver o trilho de alta inclinação vindo pelo meio do mato até a ponta do capacete.
Bom que a gente não se machuca, no máximo se rala a perna, o joelho ou os braços, mas ruim é que empenei a roda trazeira da bike.

Depois vieram subidas e descidas sem nenhum caminho visível. Mas a competição foi bem planejada. Em 3 locais havia água geladinha em sacolé, enfermeiras para medir a pressão, bananas e até sal grosso para levantar a pressão arterial.
A todo o momento escutava uma voz cansada apelando: "Abre caminho!", era o pessoal da categoria Elite, uma ou duas voltas na frente da gente.

Li na Internet que num esforço prolongado o sangue flui para as extremidades dos membros e passa mais rápido, mas com menos quantidade pelo coração, o que faz a pressão cair. Se parar para descansar ela cai demais e pode acontecer até uma parada cardíaca. Então o jeito é continuar pedalando ou andando e empurrando a bike.
Na trilha de cross só se vê os sinais dos que passaram na frente, não há estrada.

Com a continuação do exercício o corpo se acostuma com a condição extraordinária e a 2ª e 3ª volta foram mais fácil. Que mais fácil?! Menos difícil, eu quero dizer.
A gente sozinho compete consigo mesmo no meio deste mundo formidável.

domingo, dezembro 10, 2006


Finalmente acabou. Cada competidor era recebido com palmas e euforia dos moradores do Açude e dos colegas que ficaram na organização. O som bombava num caminhão com uma banda cantando um fank muito maneiro. Tomamos o lanche, apreciamos a pilha de alimento para distribuir com os mais necessitados e tomamos fôlego esperando a premiação.

Olha os garotos da categoria juvenil!

E a Elite cheia de garra!

E a turma da melhor idade: Manoel (1º), Val representando Eliandro (2º) e “seu” Zé Adal (3º). O importante é competir e não desistir.

segunda-feira, dezembro 04, 2006


No cruzamento pegaram à esquerda e tocaram para a trilha da jaqueira. Vindo de S. Luiz é uma trilha pesada e com bastante subida, mas no sentido contrário é uma beleza. Descidas maravilhosas em que o vento entra pelo uniforme, esfria o suor da pele e dá uma agradável refrescância. O que tiraram de fotos nesta pedala não dá pra contar! Esta aí, por exemplo, pode ser chamada de "a árvore dos ciclistas macacos" ou coisa que o valha. Será que ciclista de mountain baike teve infância? Ou será essa a verdadira maneira de viver?

O almoço em S José do Turvo é bom e barato, R$3,50 um prato ber fornido. Depois não tem como ficar em pé. Foram para a praça e deitaram na arquibancada da casa de leilões. As piadas rolaram, beberam muita água gelada, fizeram aquecimento e voltaram a pedalar.
O grupo era formado por 6 aventureiros: Dunga, Manoel, Val, Pedroso, Flávio, Jorge e "seu" Zé.

Passaram pela carvoaria. Desceram e subiram pela trilha até sair num pasto. Quando iam destrambelhado por um trilho cercado por arame farpado depararam com uma boiada que teve de se virar no aperto e correr na frente da gente até que ficaram encurraladas por uma cancela. O pessoal teve de pular a cerca, passar pelo pasto de capim alto até sair no trilho mais na frente. Depois sairam na estrada Amparo-S. José do Turvo. Dois rapazes foram embora e entramos no povoado para almoçar.

A fazenda Barbará tem plantio de eucaliptos para corte e transformação em carvão. É uma energia autosustentável, mas não é boa para o ecosistema. A passarada e os mamíferos não encontram neste habitat o tipo de condição para se reproduzirem e viverem. Mas, pelo menos produz algum oxigênio, mantém o solo fresco e protege os mananciais de água. Este trecho de minha trilha é muito bonito. Mas quando eles pensavam que iam fazer uma pedalada bem light eis que se defrotaram com a derrubada dos eucaliptos. Foi duro carregar as bikes nas costa por cima dos troncos.

Fizeram uma pausa para comer banana. O macacada braba essa gente de ciclismo de mountain bike! Falam que é potássio, que impede as cãimbras e melhorar o batimento da maquina vital que é o coração. Dali, desceram por mim até entrarem na fazenda Barbará. Tinha preparado uma surpresa para estes bikenautas.

Chegaram a fazenda do Ingá, pedaço protegido da Mata Atlântica. As bikes subiam decididas o aclive da minha trilha. Passaram o 1º plantio de mudas e entraram num caminho à direita. Trecho pouco usado é coberto de gramas e pés de beijo. Depois foi subir um atalho com muitas curvas e chegar numa plantação de milho. Dali se subiu com as bikes nas costas até um caminho lá em cima.

Fazenda do Ingá-S. José do Turvo
Mas pode me chamar de trilha das dificuldades. Foi neste domingo, 3/12/2006, que a galera decidiu inaugurar o uniforme novo. Ai estão eles: Dunga, Val e Pedroso. Por motivos técnicos já era tarde, mais de 8h. E tome de tirar fotos. Parecia festa de políticos. Depois de muitos salamaleques decidiram pegar o caminho e foram em direção a Santa Cruz onde fizeram outra parada.

sábado, dezembro 02, 2006


Depois de completar 6 meses e ter andado por muitos quilômetros minha bike - estranho, agora é que me dou conta de que ela ainda não tem nome - foi passar uns dias na oficina do Val, no beco das bicicletas, Volta Redonda, RJ.
A manutenção é completa. Val também é um ciclista de mountainbike e sabe da importância da máquina estar em perfeito estado. Quando cheguei estava nos finalmentes. No fim do ano tanto o serviço de conserto aumenta quanto as lojas mandam muitas bicicletas para montar. Assim, pude assitir a troca dos cabos dos freios e das velocidades, a substituição das borrachas dos freios e a regulagem.
A oficina é pequena, 10m2 se tanto, mas tem sempre três ou quatro amigos peruando, trocando informações sobre peças, falando de competições e pedaladas. O local cheira a aventura.
Foi ali, em outro dia, que o Pedroso fez o desafio da gente andar 200km num único dia: ida e volta Volta Redonda-Bom Jardim de Minas. Topei no ato. Mas, agora, fiquei sabendo que não vai dar para ser dia 10/11 pois naqule domingo vai ter uma competição cross no Açude, promovido pelo Clube Adventure. Então, Tô nesta.
O amigo Dunga disse que pegar a bike depois da manutenção é igual a andar numa nova, não sei, fiz uma subida para pegar meu carro que estava trocando óleo de freio e a senti mais dura. Será? Só posso dizer que o amortecedor estava duro de não mexer e sai de lá com ele bem macio. Vai ser na trilha, amanhã, indo e voltando de Santa Izabel do Rio Preto que ela vai me mostrar se melhorou com a manutenção.