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sábado, fevereiro 21, 2009


SETE QUEDAS, NÃO VI NEM UMA

Não posso usar o pronome “nenhuma” porque na subida da serra da Bocaina vi bonitas quedas d’água, cachoeiras que despencavam lá do alto rolando por entre pedras e mata. Mas as famosas Sete Quedas, estas não vi. Não fui lá.

O dia começou com muita luz e avisando a quem quisesse ouvir que ia fazer o maior calor. De Volta Redonda ninguém me acompanhou e segui com seis jovens de Barra Mansa. Covardia! Mas, com uma hora e meia de pedal já estávamos tomando café e comendo pastel na padaria de Bananal. Consegui andar com eles até ali. Sem demora subimos a serra e com pouco tempo nos refrescávamos no quilômetro 12.

Fui o último quilômetro que andei com o grupo. Eles sumiram e continuei subindo sozinho. A gente andando só (e com Deus), especialmente fazendo bastante esforço, as endorfinas - e sei lá mais que drogas naturais - enchem a nossa “moringa” de idéias.

Enquanto fazia força no pedal pensei num problema que está difícil de resolver, as provocações de um inimigo. Ele é meu inimigo, eu não sou inimigo dele. Mentalmente criei um esquema para enfrentar a situação e depois refleti em como pedalar clareia nossas idéias. Enquanto isto um visual deslumbrante se descortinava lá do alto. É lindo o relevo que se vê andando de bicicleta pelos altos das serras.

Chegando ao desvio para Sete Quedas decidi não ir. Uma filha vem do rio para ficar lá em casa, o calor estava derretendo o asfalto e meu corpo não estava animado a entrar na água fria das sete bacias de água límpida que se formaram aqui no alto da Bocaina, perto da Estação Ecológica. Então subi para o rio Mimoso, andei alguns quilômetros mais, consegui linha lá naquelas alturas e falei com a filhona, (olha quantas vírgulas!) abaixei o selim, apertei um pouco mais o freio traseiro e desci em quinze minutos o que levei duas horas e meia subindo. Daí foi correr pra casa. Que calor cara!

sexta-feira, fevereiro 06, 2009


COMPANHEIRISMO E EXERCÍCIO

Já disse que sair numa pedalada supri duas necessidades: o companheirismo e o exercício físico. No domingo, 01/02/2009, saímos em um passeio do Clube Bike Adventure de Volta Redonda. Mais de 60 participantes. Veio gente do Rio de Janeiro, Barra Mansa e Resende. Uma beleza. Deixamos a cidade e suas avenidas com grande movimento de carros num desfile comportado sempre por ciclovia, quando há. Andamos muito tempo sobre asfalto, até Pinheiral e Arrozal, depois veio a alegria do mountain bike, andar em estrada de terra até a fazenda da Grama. Ali os ciclistas descansaram e se refrescaram no bar da Cascata.

Então, voltamos para Arrozal para o almoço de uns e a dispersão de outros. O companheirismo estava plenamente satisfeito, faltava o exercício forte que desmancha o estresse que se acumula durante a semana. Convidei o que restava do grupo inicial, mas só dois colegas, Édson e Pedro Eduardo toparam andar na trilha do Carrapato. Nunca pedalei no sentido de Getulândia, sempre vim de lá pra Arrozal. Vindo de lá é só descida, dali pra lá era um subidão, mas o visual lá em cima é muito bonito. Aqui estamos na primeira subida. A gente sabe que com a chuva que tem caído a estrada de chão tem bastante barro, mas o que encontramos foi pior do que esperávamos.

O caminho estava horrível. Os sitiantes deixaram o gado andar pela trilha e ficou tudo um lamaçal só. No princípio ainda andamos pelos cantos por cima do capim, depois não tinha mais capim, era lama funda por vários quilômetros. Pedro Eduardo disse a Édson que não demorava muito e eu ia começar a rezar. Estávamos com as pernas cobertas de lama, as bikes não estavam melhores do que nós.

Entramos na floresta. A trilha passa por um pedaço bem fechado da mata Atlântica com toda sua diversidade de vegetação e de animais. No sentido que íamos era uma subida forte que não dava pra pedalar. É triste a gente andar e andar só empurrando a bike! Mas não há mal que sempre dure. Saímos da mata e da lama e chegamos na forte bica de água potável. Um por vez entrou de baixo da forte ducha e se banhou na deliciosa água fria. Lavamos as bikes, nem parecia ter passado naquele lodaçal.

O alto da trilha! Um visual que se perdia longe nas montanhas da serra do Mar. Um vento fresco enchia o peito da gente de alegria. Nossos rostos eram só sorriso. Dali, descemos, pegamos a estrada para o bairro Roma e entramos de novo na cidade. Estávamos há dez horas com nossas bikes. O dia acabava a nós três nos despedimos satisfeitos com o companheirismo fraterno e com o corpo bem exercitado pelo esforço duro.