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quarta-feira, fevereiro 21, 2007


O caminho subia, mas o cheiro nauseabundo me dava impressão de que descia para as regiões baixas do inferno. Depois de passar por uma porteira desconjuntada dei com um espetáculo de filme de terror. Ali estava tudo que nós, volta-redondenses, jogamos fora, rejeitamos ou nos cansamos de usar. Um homem arrastava um saco maior do que ele cheio do que garimpou naquele monte de escória e que ainda poderia ser reciclado. Uma mulher gorda saiu do meio dos dejetos como se estivesse saindo de dentro de um mundo de imundícias enquanto em nossas casas não paramos de produzir lixo e mais lixo para entupir o lixão.

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