Pesquisar este blog

domingo, maio 10, 2015

Caminho de Rialto pra Arapeí no outono.

Todos os anos as estações se revezam deslumbrantes, mas dentro de casa os meses passam e os dias parecem todos iguais. Porém, quando você sai para pedalar abre-se um panorama lindo. Ontem, 09/05/2015, saímos com o friozinho da manhã, atravessamos as cidades e começamos a rolar na estrada para Bananal. O sol desta época não tem a claridade de uma lâmpada de led branca, mas uma cor meio dourada que torna as árvores mais bonitas.

O peito se enche do ar frio que revigora e a força nos pedais se torna um prazer. Em frente à fazenda Bocaina entramos na estrada de chão para Rialto. 

Ciclistas passavam por nós naquele caminho de roça. Cada vez tem mais aficionados por este esporte-distração. No pedal a gente pode parar a cada coisa interessante que se vê, assim tiramos fotos na antiga igreja de Rialto, de 1850.

Na padaria paramos para um lanche e encontramos outros ciclistas. Fizemos novos amigos e reencontramos outros. É bom demais. Quando andar de bicicleta, levante a cabeça, veja os outros, fale com todo mundo, conheça novas pessoas e encha sua vida de amizade.

Mas não dava pra conversar muito, o plano era fazer um longo circuito. Por isto tocamos em direção à Floriano. A natureza está uma festa, são flores enchendo tudo de cores, pássaros cantando por toda volta, borboletas voando a lado da gente...

Então, num entroncamento, entramos à esquerda no caminho para Arapeí. Logo à frente deparei com uma amigo na labuta do campo, tomando conta da plantação. Parei para falar com ele, é o que deve se fazer num pedal.


Aí, pegamos um subidão de respeito. Porque o ciclismo é um prazer, mas também pode se tornar uma academia, fortalecendo a musculatura das pernas, braços e costas. E subimos.

Depois veio uma boa descida até um curral... e aí errei o caminho. Passei ali várias vezes e cheguei a ter de buscar ciclista que seguiu em frente. E cometi o mesmo engano. Tinha de ter entrado à esquerda subindo. Na roça existe uma rede de caminhos e de toda forma chegamos onde queríamos, mas andamos pacas.  O céu estava lindo, de um azul que nos deixava alegres demais.

Bateu a fome quando chegamos em Barreirinha. Que vale que as tangerineiras estão carregadinhas por lá. E aí esquecemos as bikes e foi só chupar fruta.

Então tivemos de correr, pois ainda estávamos no meio da volta e já eram 13 horas. Logo chegamos no asfalto e – como é bom pedalar na roça! – encontramos uma comitiva levando uma boiada. É por isso que não me canso de dizer: levanta dessa poltrona, mano!

Almoçamos muuuiiito, conversamos e o dono do restaurante, “seu” Charminho, cavalheiro que conhece muitos caminhos, deu-me uma dica para um pedal para o qual até já escolhi o nome A Corrida dos Leopardos. Mas só pra feras.

Aí foi voltar pelo asfalto, conversando, subindo e descendo morros, passando por Bananal, encontrando mais ciclistas na pista, vendo a escuridão da noite descer e chegar em casa, com o coração cheio de pedalar o dia todo.


- Ei Lili, deixa eu entrar em casa!      

Nenhum comentário: