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segunda-feira, setembro 21, 2015

Ficamos próximos a felicidade.


Olivier Dubois é um coreógrafo e falando sobre um balé em que ele participa como bailarino, Tragédia, ele disse (Segundo Caderno de O Globo 2/9/2015): “A resistência do corpo humano, isto é algo recorrente em minha obra. Tenho interesse pela metamorfose, o corpo recomposto. E para chegar lá é preciso um esforço colossal, uma arte engajada, com revolta e erotismo. Por outro lado os corpos têm de ser voluntários, mestres, não submetidos ‘a escrita’ e que criam a partitura”. Está tudo aí, nos balés criados por ele os bailarinos são muito exigidos. Não é para qualquer bailarino: “Talvez porque estejamos numa época de recessão moral e ética”. Poucos têm a fibra de exigir mais do que o normal de seu corpo. “Ao final do exigente e extenuante espetáculo os bailarinos se sentem regenerados. Mas minhas peças não são um abete ou uma destruição do corpo. O elã cria uma alquimia próxima a felicidade”.

Li tudo isso e ainda mais, pensando no passeio que dei com minha bike neste domingo, 20/09/2015. Acompanhado de João Ademar e seu irmão Nilson saímos de Vassouras, pedalamos pelo acostamento da estrada até Andrade Pinto e entramos à direita para subir a serra. 

O dia estava maravilhoso, de um sol vibrante com o ar refrescado por um vento moderado. Passamos pelas pequenas Avelar e Arcozelo. 

Almoçamos e continuamos com um sol mais ardente até Paty de Alferes e Miguel Pereira. 

Depois, numa estrada bem plana e margeada por matas passamos por Morro Azul e Sacra Família. Daí, depois de sete subidas descemos ‘enfiados’ até Vassouras.


Foram 100 km que demandaram muito de nossos corpos, foi um “esforço colossal”, “exigente e extenuante”, mas que semelhante aos bailarinos de Dubois nos fez sentir “próximos a felicidade”.  

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