Quando se pedala por cidades de Minas, em especial nas do Ciclo
do Ouro, não se pode passar sem parar. (entrando na cidade de Sabará com seus casarões e ruas calçadas com pedras pés-de-moleque)
É preciso prender a bike e entrar num
casarão ou numa igreja cheia de lembranças e riquezas. Foi assim, que no sábado
15/08/2015 entrei na igreja de N. Sra do Carmo.
(fonte, esculpida em pedra-sabão, lembra o símbolo que identificava os cristãos, os peixes cruzados)
Logo na entrada, pela antiga
sacristia, encontrei um grupo de belas goianas acompanhando um guia. Juntei-me
a elas. E foi muito o que aprendi.
Ficou pronta em 1763 e toda decoração teve a criação de
Antônio Francisco Lisboa, o Mestre Aleijadinho.
O guia Eduardo nos fez ver o
que nossa ignorância deixava escapar. O mestre escultor deixava sinais
identificatórios, como o pé esquerdo sempre mais à frente que o direito em suas
imagens.
Não há espaços lisos, cada pedacinho tem de ser preenchido com alguma
figura em relevo. A madeira ganhando aparência de coisa viva. E tudo recoberto
de fina camada de ouro. Os cristãos venerados ali, nos dois altares laterais,
foram grandes pensadores, doutores da Igreja, como São Simão Stock
e São João
da Cruz, ambos carmelitas. No alto o acabamento tem forma de cortinas abertas.
Os púlpitos laterias, de onde eram lidas as escrituras, um lembra o ensinamento
de Jesus: onde estiver teu coração ali está teu tesouro;
o outro Jesus falando
a mulher samaritana: ah se tu soubesse quem está te pedindo água!
Os olhos
ficam presos a tanta beleza.
Daí, dá para voltar a luz do dia, soltar a bike,
montar e sair subindo as serras.
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