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quarta-feira, agosto 19, 2015

Não se pode passar sem parar.

Quando se pedala por cidades de Minas, em especial nas do Ciclo do Ouro, não se pode passar sem parar. (entrando na cidade de Sabará com seus casarões e ruas calçadas com pedras pés-de-moleque)

É preciso prender a bike e entrar num casarão ou numa igreja cheia de lembranças e riquezas. Foi assim, que no sábado 15/08/2015 entrei na igreja de N. Sra do Carmo. 
(fonte, esculpida em pedra-sabão, lembra o símbolo que identificava os cristãos, os peixes cruzados)

Logo na entrada, pela antiga sacristia, encontrei um grupo de belas goianas acompanhando um guia. Juntei-me a elas. E foi muito o que aprendi.



Ficou pronta em 1763 e toda decoração teve a criação de Antônio Francisco Lisboa, o Mestre Aleijadinho. 
O guia Eduardo nos fez ver o que nossa ignorância deixava escapar. O mestre escultor deixava sinais identificatórios, como o pé esquerdo sempre mais à frente que o direito em suas imagens. 

Não há espaços lisos, cada pedacinho tem de ser preenchido com alguma figura em relevo. A madeira ganhando aparência de coisa viva. E tudo recoberto de fina camada de ouro. Os cristãos venerados ali, nos dois altares laterais, foram grandes pensadores, doutores da Igreja, como São Simão Stock

 e São João da Cruz, ambos carmelitas. No alto o acabamento tem forma de cortinas abertas. 

Os púlpitos laterias, de onde eram lidas as escrituras, um lembra o ensinamento de Jesus: onde estiver teu coração ali está teu tesouro; 

o outro Jesus falando a mulher samaritana: ah se tu soubesse quem está te pedindo água! 

Os olhos ficam presos a tanta beleza. 

Daí, dá para voltar a luz do dia, soltar a bike, montar e sair subindo as serras.



















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