“Todo dia é um dia comum, até o momento em que não é mais”.
É assim que começa o sexto livro Crônicas Saxônicas, que meu amigo Luciano
Moura me emprestou.
E assim é quando você pega a bike e sai pedalando. Se está
num caminho muitas vezes percorrido a chance de acontecer algo inesperado é
quase nenhuma, mas numa trilha desconhecida você se depara com coisas
inusitadas a cada curva do caminho.
Assim foi, quando tirei minha bike do bagageiro do ônibus,
em Vassouras, e sai pedalando em direção a Massambará. Ali, deixei o asfalto e
me embrenhei numa estrada de chão onde nunca dantes passei. Uma placa anunciava
um resort com o desafio. Era o que eu
queria ler.
Não tive como evitar o hotel de luxo, e nem o queria, pois a
estradinha passa em frente a ele. Coisa linda! Um fim de semana espetacular por
R$1.400 para o casal, com tudo incluído, mais o que os dois conseguirem
inventar.
Segui caminho até encontrar a velha estação e o rio Paraíba
do Sul: rolando interminavelmente pelo caminho que ele mesmo abriu até ao mar.
Então, parei no barzinho e levei um ‘papo amigo’ com o ancião Pascoal, que
trata a presidente Dilma de merda pra baixo. Tive de tomar um gole de uma
aguardente da região. Aí toquei para Juparanã.
O caminho, beirando o rio Paraíba, parece muito com o trecho
depois de Quatis. Mas o inesperado me surge pela frente. Um carcará de metro e
meio de envergadura de asa, deixa-me chegar bem perto
e se lança no ar.
Outra visão deslumbrante, uma família catando minhoca para
depois ir pescar. Olhei encantado o pai Sérgio fazendo uma coisa desinteressada
junto com a esposa e filhos. Duvido que uma compra no shopping fizesse o mesmo
efeito.
Outra alegria foi ver, já em Juparanã, a centenária estação
ferroviária sendo reformada. Da última vez que aqui estive ela estava
desmoronando.
Uma coisa boa feita pelas autoridades, e porque não dizer, feita
pela Dilma!
Aí foi subir bastante, porque para chegar em Valença
precisa-se vencer a serra da Concórdia. E já chegando em Valença dei-me um
momento para visitar a fazenda Santo Antônio do Paiol.
E para fechar, outra surpresa. Três meninos resolvem me
acompanhar quando passo pelo bairro Chacrinha, então os convido para ir comer
frango assado no Bar da Galinha.
Ô pedal cheio de novidade!
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