Subi
a Chapada das Perdizes,
desses pássaros não vi nenhum, mas uma seriema correu a
minha frente numa subida do caminho. Quando cheguei ao fim dela deparei com um
visual maravilhoso.
Mas vamos por partes. Quando o ciclista sobe uma serra, se
conhece sua formação geológica, vê muito mais coisas. Antes de viajar para
Andrelândia e de lá sair pedalando para Carrancas, li a monografia do professor
de Geologia Leandro Coutinho que diz: “O Grupo Carrancas é do neoproterozóico (formou-se
há 500 milhões de anos) e composto por uma pilha metassedimentar com
aproximadamente 400m de espessuras com quartzitos
e xistos grafitosos
divididos
em 3 formações: S. Tomé das Letras, a base da sequência composta por muscovita
quartzitos esverdeados; Campestre, com intercalações de xistos
porfiroblásticos; e Chapada das Perdizes no topo da sequência”. Ele quis dizer
que essa serra, que corre feito uma cobra cumprida desde S. Tomé das Letras até
Minduri, não é feita de rochas graníticas, mas de restos delas que se
aglomeraram.
Olhando para o chão com atenção enquanto pedalamos fazendo força, vemos
a beleza do material que compõe a serra.
É um
subir sem refresco até que de repente ela acaba.
Não tem descida não, termina
num despenhadeiro em que o vale se estande lá embaixo. Precisa-se procurar o
caminho de descida já que não tem nenhuma placa indicando Minduri.
Havia
passado a entrada, voltei e desci. Coisa linda! Quase me acabei nesta subida,
mas passado o impacto do esforço já estou com saudade e cheio de vontade de
voltar lá. Porque faltou ver cena como essa que peguei de um amigo que lá esteve também.
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