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domingo, março 27, 2016

Serra de Nova Friburgo e seus imensos blocos de rocha.

Antes de viajar para pedalar por entre as serras de Nova Friburgo 

fui estudar o trabalho do professor e doutor na UERJ, Miguel Tupinambá, e isto meu preparou para entender e mais admirar o que vi. 

Geologia é uma ciência com um vasto vocabulário em que as palavras são misteriosas e de difícil entendimento para o leigo: “A Folha Nova Friburgo encontra-se cortada por mais de uma dezena de zonas de cisalhamento dúcteis-rupteis transtracionais de direção noroeste. Os blocos gerados por estas estruturas formam um conjunto de graben e horsts típicos de ambiente distensional. 

Os corpos graníticos da Suíte Nova Friburgo, com sua forma de lacólitos e sills, tem seus condutos localizados ao longo destas estruturas e se cristalizaram entre 500 e 490 Ma na forma de lacólitos e soleiras, formas próprias de crosta superior”. 
Ligue-se nesta frase: “Os blocos gerados por estas estruturas formam um conjunto de graben e horsts”. Estas formações tornam o pedal uma andança de formiguinhas em meio a imensos humanos.

Na formação desse trecho de serra houve afundamentos de terreno (gráben) enquanto imensas pedreiras se elevaram (horsts). Diferente da região sul fluminense em que o planalto foi esculpido por rios e riachos ganhando a aparência de um mar de morros, na serra de Nova Friburgo saiu do núcleo da Terra imensas quantidades de magma que ficaram semeados pelas bordas da serrania. Afundamento de terrenos só constituídos por sedimentos formam vales por onde pedalamos enquanto à nossa volta, imensas pedreiras nos olham como gigantes que se formaram há 500 milhões de anos.

Dá uma impressão formidável.


E pedalamos muito. No primeiro dia 90km no segundo mais de 110km.     

Um comentário:

Unknown disse...

Bravo, quando acho q estou ficando velho p pedalar c meus 52 anos, tenho o exemplo dos senhores, parabéns pela determinação e pelo exemplo.